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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Além da técnica, a importância do repertório cultural

Os objetivos dos alunos ao entrarem no Telinha são os mais diversos: pode ser para fazer filmes (acredite se quiser!), aprender algo que os amigos ainda não saibam, para não ficarem sem fazer nada quando não estiverem na escola, ou muitas vezes porque os pais querem o melhor para os filhos. E a nossa equipe sabe disso e tem braços abertos para todos.

Por isso, além de ensinar técnicas de iniciação em roteiro, produção e edição de vídeos, respeitamos a individualidade de cada um e não buscamos que todos cheguem ao mesmo resultado, muito pelo contrário, somos torcedores do Pluralidade Criativa Esporte Clube. Portanto, no roteiro estimulamos essa moçada a não contar uma história da forma como qualquer um contaria, e sim como cada um pode colocar um pouco de si e dar personalidade àquela história, usando referências que pertencem ao seu repertório cultural.

Além de filmes de variados gêneros e estéticas que são passados em algumas das aulas, para aumentar o repertório cultural destes rapazes e garotas em formação, as aulas de roteiro tem apresentado músicas de diferentes ritmos que disseminam valores fundamentais como crítica e sensibilidade, e que no entanto não pertencem à geração que estamos lidando, e pior, não tem nada equivalente para apresentar e representar os mesmos valores nesta geração atual, por isso cabe a nós fazer essa ponte.

A primeira música foi Faroeste Caboclo, do Legião Urbana, que foi a maior banda do país, mas que hoje é desconhecida pela maioria dos jovens que tem menos de 18 anos. Após aqueles clássicos nove minutos, os rostos entregavam a surpresa com uma música tão cinematográfica, e aquela compaixão por João do Santo Cristo.

legiaourbana

Nas aulas seguintes houve ainda Facção Central, com o dramático rap de Eu não pedi pra nascer, e um clássico da MPB, a canção Construção, do escritor e compositor Chico Buarque. Para reforçar a sensibilidade, outra expressão artística utilizada foi a tirinha em quadrinhos, com destaque para a homenagem do cartunista argentino Liniers às vítimas e sobreviventes do tsunami que atingiu o Japão recentemente.

liniers

O resultado disso pode não ser imediato, e nem precisa… Sensibilidade é para a vida toda.

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